domingo, 21 de março de 2010

Dia Mundial da Poesia 2010



a palavra que um dia direi em poema


dá forma às comemorações deste dia,


é primavera...levanta-te e sonha comigo!


a lua vem pelas pegadas dos dois...existe um destino!


Neste belo dia...


escrevo... as formas do teu corpo


um dia deste, acabo o poema.








terça-feira, 29 de dezembro de 2009










Um decadente dia foge sobre chuva
Intensa,
O véu de nuvens percorre o Ano
Um clarão cinzento, dá cor aos dias
Percorridos.
Os ecos dos dias assustam os desejos
Só o teu perfil anima a esperança
(Como é estranho viver sem frutos
Do nosso amor)
Só a terra eterna floresce de uma gota de água
E o mundo…o que fica dele?
É eterna a minha palavra
Não escorre por entre as várzeas
Alimenta-se da chuva
É feita do meu esperma
Alimenta-me por um dia
Às vozes o que direi?
se o mesmo dia
Quebra a minha esperança.
Luis Lourenço 2009

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Mas afinal Quem matou Abel?


...Segundo a Bíblia, Caim teria sido um dos primeiros (não exclusivamente o primeiro) homem nascido de gravidez normal na terra, resultado das relações sexuais de Adão e Eva.

http://www.josesaramago.org/blog/blogpor.php

Caim não é um tratado de teologia, nem um ensaio, nem um ajuste de contas: é uma ficção em que Saramago põe à prova a sua capacidade narrativa ao contar, no seu peculiar estilo, uma história de que todos conhecemos a música e alguns fragmentos da letra. Pois bem, com a cabeça alta, que é como há que enfrentar o poder, sem medos nem respeitos excessivos, José Saramago escreveu um livro que não nos vai deixar indiferentes, que provocará nos leitores desconcerto e talvez alguma angústia, porém, amigos, a grande literatura está aí para cravar-se em nós como um punhal na barriga, não para nos adormecer como se estivéssemos num opiário e o mundo fosse pura fantasia. Este livro agarra-nos, digo-o porque o li, sacode-nos, faz-nos pensar: aposto que quando o terminardes, quando fizerdes o gesto de o fechar sobre os joelhos, olhareis o infinito, ou cada qual o seu próprio interior, soltareis um uff que vos sairá da alma, e então uma boa reflexão pessoal começará, a que mais tarde se seguirão conversas, discussões, posicionamentos e, em muitos casos, cartas dizendo que essas ideias andavam a pedir forma, que já era hora de que o escritor se pusesse ao trabalho, e graças lhe damos por fazê-lo com tão admiráveis resultados.



a LER!





terça-feira, 8 de setembro de 2009

LUÍS RALHA, Pintor e Designer


































Serenamente sem tocar nas telas

longe da cor a morte física das coisas

eternamente sobre as cores

sem trocar pela vida o mar eleva-te

quarta-feira, 29 de julho de 2009

O Pai





Terra de semente inculta e bravia,
terra onde não há esteiros ou caminhos,
sob o sol minha vida se alonga e estremece.

Pai, nada podem teus olhos doces,
como nada puderam as estrelas
que me abrasam os olhos e as faces.

Escureceu-me a vista o mal de amor
e na doce fonte do meu sonho
outra fonte tremida se reflecte.

Depois... Pergunta a Deus porque me deram
o que me deram e porque depois
conheci a solidão do céu e da terra.

Olha, minha juventude foi um puro
botão que ficou por rebentar e perde
a sua doçura de seiva e de sangue.

O sol que cai e cai eternamente
cansou-se de a beijar... E o Outono.
Pai, nada podem teus olhos doces.

Escutarei de noite as tuas palavras:
... menino, meu menino...

E na noite imensa
com as feridas de ambos seguirei.



Pablo Neruda, in "Crepusculário"
Tradução de Rui Lage


....

Pai

No meu tempo, não existem crenças

Deuses mágicos ou milagres

À tua dor junta-se a esperança…
que fortaleço

a este meu tempo que não tenho e te devo

Se o meu interior tivesse voz, gritaria aos deuses que te trocassem pelo meu corpo.
Luis Lourenço
...

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Ainda há Homens - Rui Sado


As ideias bem construídas fazem nos bem. Mesmo quando nos deram pouca capacidade física para nos identificarmos.
Os comportamentos morais e cívicos resultam da diferença entre humanos e o Rui é para mim uma esperança dos cravos que floriram num mês de Abril.

Fazer da história da Timbre (Sociedade Filarmónica Democrática Timbre Seixalense) uma referência de associativismo, é pegar com grande classe humana na história do concelho do Seixal.

O cravo da lapela tem muito significado, a tua luta é um exemplo de humanidade e cidadania.

É aqui, que há efectivamente Homens diferentes.
Aqui o Seixal é diferente!

Obrigado Rui Sado

http://www.timbreseixalense.pt.vu/

sábado, 20 de junho de 2009

Seixal - Um novo rumo.




Um poema da Elis Regina


liberta-me da critica...eu quero outro rumo.


Vou caminhando sem caminho
Em cada passo vou levando meu cansaço.
O que me espera uma terra, um desencontro
A cidade, a claridade.
E essa estrada não tem volta
Lá se solta o fim do mundo
Um fim incerto que me assusta
Longe ou perto se prepara
Ninguém pára para pensar
Para olhar a dor que chora a morte
De um valente lutador.
Quem foi já não sou.

Vou chegando à encruzilhada
Descobrir um caminho e uma nova direção
Onde eu piso vou deixando o que não sou,
(Vou para a luta, eu vou)
Não paro não, vou para a luta, agora eu vou
Não paro não

Tem tanta gente que se vai
À imensidao do seu querer
Querendo vida sem a morte
Ser mais forte sem sofrer
E ter certeza sem buscar
Ganhar o amigo sem se dar
Sem semear colher o amor
O amor ferido pela guerra
Quem na terra desconhece
Aparece sem valor
Levo o meu braço qual alguém
Que já caiu mas levantou
Quem foi já não sou.